O rock está mais vivo que nunca!

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O Superstar é uma das poucas atrações da TV aberta que ainda me fazem sentar no sofá com dia e hora marcados. Não por sua organização, que por sinal é bem ruim, mas pelo seu conteúdo. E este, diga-se de passagem, é mérito do povo brasileiro, dos artistas independentes que provam que nossa músicas não estacionou no modismo sertanejo e canções vazias de inteligência. Mas devo tirar o chapéu para a Globo por reservar um espaço em sua grade com esse tipo de programa.

O ponto forte, sem dúvida, são as bandas de rock. Posso estar puxando sardinha pro meu lado que curto muito o gênero, mas, em se pensar pela banda ganhadora do último programa e pelas porcentagens alcançadas nesta edição, é o rock quem está alcançando maior aprovação.

 Scalene e Supercombo são as principais candidatas. As duas bandas se destacam pelas composições bem trabalhadas, tanto em letra quanto em arranjos, pelo talento de seus músicos, a originalidade e personalidade únicas de cada uma delas. Meu palpite é de que uma das duas ganha a competição. Pelo menos torço pra isso.

Não conhecia a banda Scalene, foi uma grata surpresa. Depois de sua primeira apresentação, tratei de procurar mais músicas dos caras na internet e confirmei minha impressão: os caras são muito bons! Destaco as músicas Surreal, Sublimação, Legado e Amanheceu. Tem muita coisa boa deles no Youtube.

Conheci o trabalho da Supercombo alguns meses antes do início do programa e fiquei muito feliz quando vi os caras no Superstar. Tem muito talento, ótimas canções e carisma de sobra. Parecem uns nerds que resolvaram montar uma banda de rock e fizeram isso com muita competência. Em sua segunda apresentação fizeram uma versão de Epitágio, dos Titãs, e imprimiram toda sua identidade na música. Isso demonstra o quão maduros e bem resolvidos musicalmente eles estão. As melhores canções são Piloto Automático, Todo dia é dia de comemorar, Amianto e Soldadinho. Fico dividido, mas acho que a Supercombo é a minha favorita.

Sobre o programa, eles continuam perdidos na direção do programa. Inventam regras no meio da competição, o que revela falta de planejamento e validação das regras e possibilidades do programa. Lamentável. No último programa apresentaram uma nova regra em que uma celebridade daria 2% à banda. Pura "globice"... todas as bandas receberam os 2% (o que era de se esperar), o que não acrescentou em nada na competição, apenas gastar tempo com alguns comentários bem... digamos... dispensáveis.

Sobre o júri, gosto mais do desse programa. Paulo Ricardo tem dado verdadeiras aulas com seus comentários. Foi um verdadeiro upgrade trocá-lo pelo Dinho. Fábio Júnior se mostrava envolvido com as bandas, mostrava que pesquisava e fazia bons comentários. Por outro lado, Thiaguinho tem me surpreendido com sua coragem de deixar a demagogia de lado e não tem dado seus 7% a todos que se apresentam. Óbvio que são todos bons, mas ele segue seus critérios e vota sem medo. Gosto da Sandy. Ela é muito verdadeira em suas atitudes, não vejo vontade de aparecer. Fala algumas besteirinhas de vez em quando (como quando um cara tocou uma gaita e ela falou que adorou o beatbox, rs) mas dá pra perdoar. A Ivete tinha mais apelo, além de grande conhecedora tem um carisma absurdo, diverte qualquer programa. Mas se a Ivete não pode continuar, a Sandy foi uma boa troca.

dbv by mc superstar jurados 2015

E aí, qual a sua banda favorita? O que achou do último programa?

Última modificação em Quarta, 20 Mai 2015 00:57
Eugênio Telles

Eugênio Telles